«(...) não podemos cruzar a verdade do património construído com a verdade do espaço urbano construído, sem falar da traição que se perpetra cada dia, e que vai atraiçoando a memória e minando o conhecimento real das raízes, das tradições e dos elementos verdadeiros. Estes, por estarem documentados e serem conhecidos, merecem-nos em paralelo o olhar culto, crítico e informado, que separa analiticamente e se encanta, apenas até ao limite possível e razoável, permitido pelo saber.
Com toda a certeza, deveremos saber cuidar do pitoresco, e também do património, com o devido equilíbrio. Merecem-nos respeito e dedicação, mas não podemos iludir-nos com a falácia, que frequentemente converte a cidade em parque temático, do qual excluímos o génio verdadeiro do presente, e a consistência que o colectivo transporta em cada época para o seu território de proximidade, como expressão do seu valor. Não há que ter "medo de existir", hoje, encarando a outra cidade e revelendo as não verdades, ou inverdades, que a constroem de modo dissimulado, assobiando para o ar ou disfarçando o gesto.(...)»
Arquitecto João Cardielos, a propósito da última série de fotografias (ver caixa de comentários)
Com toda a certeza, deveremos saber cuidar do pitoresco, e também do património, com o devido equilíbrio. Merecem-nos respeito e dedicação, mas não podemos iludir-nos com a falácia, que frequentemente converte a cidade em parque temático, do qual excluímos o génio verdadeiro do presente, e a consistência que o colectivo transporta em cada época para o seu território de proximidade, como expressão do seu valor. Não há que ter "medo de existir", hoje, encarando a outra cidade e revelendo as não verdades, ou inverdades, que a constroem de modo dissimulado, assobiando para o ar ou disfarçando o gesto.(...)»
Arquitecto João Cardielos, a propósito da última série de fotografias (ver caixa de comentários)
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