29.9.08

Ofícios #1





São dois sapateiros e gosto muito deles. Muito rapidamente e a bom preço põem solas novas, substituem fivelas, etc.. Quando lhes digo que um dia a casa ainda vem abaixo, encolhem os ombros, não podem fazer nada. O senhorio não faz obras e eles também não têm autorização para isso. De qualquer forma, o melhor mesmo era que aquele prédio e os que estão ao lado fossem deitados abaixo. No tempo do presidente Alberto Souto, o objectivo era esse mesmo, criando uma praça ampla que permitisse avistar a Igreja da Vera-Cruz. A maior parte do edificado naquela área pertence à CMA. Agora está tudo parado e os escombros dos prédios vizinhos estão à vista do mundo.

O actual presidente Élio Maia passou por ali e prometeu pôr um daqueles painéis com publicidade para tapar as paredes, mas nem isso. Enfim, puseram algum cimento numa das paredes, a ver se aguenta. Com os pombos, é outro problema. Basta uma janela ter uma abertura - ao nível do 1º piso - e eles ocupam a casa (desabitada). De vez enquando ficam presos e morrem. Outro dia foram recolhidos vários quilos de pombos mortos.
Parece que só resta esperar. O negócio também não vai bem, agora os sapatos são baratos, facilmente se compram uns novos em vez de consertar os antigos...
Ah, eu pude tirar fotografias à vontade. Estão habituados! São muitos os turistas que o fazem, até têm uma colecção de fotos que lhes foram enviadas de vários países do mundo. Os autocarros largam os turistas na Praça Joaquim de Melo Freitas e eles ficam espantados..., acham tudo bonito, até que começam a reparar nos "mostrengos" e entram para fazer perguntas. Pois...

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